27/11/2010

Cariocas: chegou a hora de mostrar "a nossa cara"

Os eventos dos últimos dias nos trazem as esperanças de vencer uma das pontas dos crimes relacionados ao tráfico de drogas.

As operações tem demonstrado um amplo apoio da sociedade carioca que a muito tempo desejava uma intervenção de peso como esta.

A imprensa se coloca a favor das iniciativas policiais, as operações estão integradas em todos os níveis de governo, o que vem possibilitando o usos de recursos com grandes possibilidades de resultados significativos, como por exemplo: os veículos da Marinha do Brasil, helicópteros da FAB e óculos para operações noturnas.

Um de nossos principais símbolos do Brasil e do Rio de Janeiro que, em muitas vezes, foi utilizado para as manifestações daquilo que o Carioca quer (desculpas a parte as torcidas dos outros times cariocas) hoje está na capa da revista Isto É, vestido com o uniforme do Batalhão de Operações Especiais - BOPE.

O Disque Denúncia bateu o recorde de participações nos últimos dias em função da questão das ações do crime organizado das drogas.

Muito tem se falado destas ações como exemplares, entretanto vale lembrar que em outras ocasiões já tivemos ações semelhantes, o que sinaliza que a saída só será possível com uma visão sistêmica. O próprio presidente Lula, no dia de ontem, fez um chamamento para uma gestão sistêmica e participativa na questão do tráfico de drogas, fundamental questão de segurança pública.

No conceito de sistemas temos como definição um conjunto de atividades relacionados com três principais componentes: 1) entrada; 2) processamento e; 3) saída.

No tocante ao tráfico de drogas temos:
1. entrada - as drogas que seus produtos básicos não são produzidos no Brasil, por outro lado temos como elementos fundamentais de sustentação as atividades criminosas a utilização de armas, muitas delas também não produzidas no Brasil;
2. processamento - o preparo para o varejo e a comercialização;
3. consumo - aquisição por parte, na sua maior proporção, pela classe média, aqueles que são identificados pelos os do "asfalto".
Então o que podemos, como cidadãos comuns, intervir positivamente para mudarmos este quadro?

Penso que a resposta está em aproveitarmos a estrutura de denúncia (o disque denúncia 2253-1177) e informar todas as atividades das fases envolvidas, principalmente penso que darmos um choque no consumo será uma marcante posição, principalmente se denunciarmos os artistas e pessoas influentes para a opinião pública que fazem usos indevidos destes produtos ilegais. A proposta é uma verdadeira "caça as bruxas".

Não podemos mais deixar nossos irmãos indefesos pagarem esta conta... não queremos mais crianças sendo mortas, dentro de casa, por balas perdidas, cujo o gatilho teve uma motivação clara: a droga!

Se o consumidor quer usar, que lute, como o Renato Cinco, que foi candidato a deputado federal, com a proposta de legalização, posição também defendida pelo LIVRE, partido em formação. Estas defesas irão proporcionar um amplo debate e para que o consumo se dê dentro de situações pré-estabelecidas e clara para todos. Vale também exigir de nossos parlamentares que tenham posição bem definidas quanto a estas questões.

Fica aqui também um convite para falarmos destas coisas: Debate sobre o filme Tropa de Elite: dia 2 de dezembro, a partir das 18:30, na ASA, rua São Clemente 155 Fundos, bem perto da estação metrô de Botafogo.

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