20/02/2008

A ENERGIA QUE SE JOGA FORA

A nova realidade mundial chama todos para posturas de conservação da natureza em face de escassez dos recursos não renováveis e o crescente consumo de energia.
A sociedade avançou durante séculos com um pensamento extrativista sem atentar para o esgotamento de suas fontes de consumo e pouca atenção foi dada para as necessárias reposições.
A prática do consumo e descarte daquilo que não se aproveitava diretamente levou a crescente geração de resíduos, também chamados de lixos.
Os lixos gerados nas cidades brasileiras consomem aproximadamente 16% da arrecadação municipal para suas destinações, geralmente nos conhecidos ‘bota-foras” ou lixões.
Os lixões são “bolsões" de poluição ambiental e de formação de cadeia de propagação de doenças além de empurrar inúmeras pessoas excluídas para atividades degradantes.
Nas últimas décadas a disposição final do lixo tornou-se um sério problema a ser enfrentado por todos os países, decorrente não só da crescente escassez de áreas disponíveis para aterros sanitários, como também pelo substancial aumento dos níveis per capita de lixos gerados, sua conseqüência ambiental, altos custos de transporte para áreas cada vez mais distantes e pífios recursos para motivar o engajamento da população em selecionar o lixo na geração, muito embora, desde que Lavoisier enunciou a Lei da Conservação da Massa, em 1789, o desperdício seja um equívoco comprovado tecnicamente.
O papel do lixo enquanto questão ambiental pode ser caracterizado quanto à forma de impacto: se direto, no que tange ao consumo de áreas para disposição final e à poluição gerada, ou indireto, relacionado ao consumo de recursos naturais que poderiam ser economizados e, consequentemente, energia e verbas gastas pelas indústrias que poderiam estar servindo a fins menos desperdiçadores, além da saúde pública menos afetada.
Note-se que a reciclagem de materiais já se impõe, no nosso país, como uma necessidade primária, mandatória mesmo, porquanto é através dela que se exercita a inclusão social de um contingente expressivo de trabalhadores(as) que tem por característica similar o padrão de baixa renda, pouca escolaridade e precária ou quase nenhuma formação profissional que possa habilitá-los a atender as exigências feitas atualmente pelo mercado de trabalho altamente competitivo e cada vez mais elitizado.
Destacamos que a reciclagem, também proporciona, à economia do país, a conservação de energia decorrente do próprio processo de reciclagem dos materiais já industrializados e o reaproveitamento de matérias primas, em alguns casos não renováveis. A economia de energia elétrica proporcionada é de cerca de 3,0 MWh por tonelada de material reciclado. Energia suficiente para atender cerca de 900 famílias de baixa renda.
Individualmente a simples prática domiciliar de separar o lixo úmido (restos de cozinhas tais como: comidas, talos, cascas de vegetais etc. e, papéis de banheiros) do lixo seco (metais, vidros, papéis e plásticos) dando a este último uma destinação que não aquela que venha a se misturar com o primeiro, como por exemplo: tratar com um catador local para pegar periodicamente em sua casa, já será uma enorme ajuda ao país e ao planeta, pois se estará evitando que energia seja jogada fora.

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